segunda-feira, 2 de julho de 2007

traduzido de Jacques Brell para a minha mulher com amor

O sol que nasce
E acaricia as estrelas
É Paris de dia
O Sena que se passeia
E guia os meus dedos
E é Paris todos os dias
O meu coração que para
Sobre o teu coração que sorri
E é Paris bom dia
E a tua mão na minha
Que já me diz que sim
E é Paris o amor
O primeiro encontro
Na Ilha São Luís
É Paris que começa
E o primeiro beijo
Roubado no jardim das tulherias
E é paris a sorte
E o primeiro beijo
Recebido num umbral
É Paris romance
E as nossas cabeças que se voltam
Olhando para Versalhes
É Paris a França

Dias que não esquecemos
E que se esquecem de nos ver
É Paris a esperança
Horas em que os nossos olhares
São um único olhar
É Paris um espelho
Nada a não ser ainda as noites
Que separam as nossas canções
É Paris boa tarde
E esse dia afinal
Em que já não dizes não
É Paris esta tarde
Um quarto um pouco triste
Onde o tempo para
É Paris nós dois
Um olhar que recebe
A ternura do mundo
É Paris os teus olhos
E esta lágrima que choro
Enquanto o digo
É Paris se tu quiseres
E saber que amanhã
Será como hoje
É Paris maravilha

Mas o fim da viagem
O fim da canção
É Paris cinzento
Último dia, última hora
Também a primeira lágrima
É Paris a chuva
Estes jardins visitados
Que já não têm o mesmo encanto
É Paris aborrecida
A estação onde aconteceu
O nosso último adeus
É Paris o fim
Longe da vista longe do coração
Expulso do paraíso
É Paris desgosto
Mas uma carta tua
Uma carta que diz sim
É Paris amanhã
Aldeias e cidades
Caminhos que trepidam
É Paris a caminho
E tu em Paris que me esperas
E tudo que recomeça
É Paris eu volto.

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