Nós éramos jovens e amantes de beber cerveja. Muita cerveja de preferência. Ainda me pergunto qual seria a graça de beber tanta cerveja e de lutar pela lucidez, mas tenho a certeza que nos divertíamos muito e que as relações que resultaram dessas noites de estroina foram fortes e duradouras. Aqui mesmo ao pé deste lindo prédio há uma grande cervejaria por onde se entra descendo três ou quatro degraus e cujas montras ostentam lavagantes e sapateiras que não estavam ao alcance das nossas bolsas. Alguém, no meio da barafunda e dos gritos típicos das cervejarias de Lisboa, dizia ao Rick – americano intranquilo de visita à nossa cidade – os defeitos dos portugueses e de Portugal. Aquilo tomou de assalto a nossa alma de portugueses e fizemos assim uma das amizades da nossa vida. O Rick nunca mais esqueceu Lisboa nem o palácio Lima Mayer.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
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